A evolução dos motores dos carros ao longo dos anos

Se hoje você vai ao posto de gasolina, abastecer o seu carro com gasolina ou álcool, é porque foi criado o motor a combustão, um marco para a história dos automóveis. Antes dessa invenção, os carros funcionavam com motor a vapor, e o combustível era lenha e carvão.

Além de não ser nada ecológico, o motor a vapor tornava o veículo mais pesado, barulhento e bem devagar, com velocidade máxima de cerca de 4 km/h.

O motor a combustão foi uma revolução, e também o que permitiu que chegássemos aos motores que encontramos atualmente.

Quer saber mais sobre todas as evoluções que aconteceram nos motores automotivos? Vem conferir!

Como foi a invenção do motor a combustão?

Motor Nikolaus

O motor 4 tempos, conhecido também como ciclo de Otto, foi criado por Nikolaus August Otto em meados do século XIX. O físico alemão foi o responsável pela invenção que revolucionou a indústria automotiva, que até então tinha veículos que funcionavam com motor a vapor.

O ciclo de Otto é dividido em 4 etapas: admissão, onde a câmara de combustão se expande, permitindo a entrada de ar e combustível; compressão, quando o pistão se movimenta, comprimindo a mistura de ar e combustível; expansão (explosão) quando a vela de ignição gera a faísca responsável por expandir a câmara de combustão, e por último, exaustão ou escape, onde os gases da combustão são expulsos e o processo volta ou início.

Esse sistema é o que chamamos de motor a combustão interna, usado até os dias de hoje.

Gol GTI e a injeção eletrônica

Gol GTI

A evolução continuou e em 1988, o Gol GTI foi o primeiro carro nacional a ter injeção eletrônica, substituindo o carburador. Isso é um marco, pois a injeção eletrônica proporciona uma melhora de potência ao veículo combinada a uma redução do consumo de combustível, além de reduzir a emissão de gases que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Depois disso, a evolução continuou, e vemos tecnologias surgindo nos últimos anos. Um exemplo é o comando duplo de válvulas e o cabeçote com 16 válvulas, que é um sistema muito eficiente e que proporciona melhoras no torque, potência, consumo e emissão de poluentes.

Volkswagen Up TSI e o motor turbo

Volkswagen Up

Apesar do motor turbo não ser exatamente uma novidade, tendo carros equipados com o sistema turbocompressor desde a década de 60, temos visto uma evolução nessa tecnologia.

Se antes o turbo era usado apenas para o aumento de potência no carro, hoje tem também como função a diminuição da emissão de poluentes. Juntamente com a tendência downsizing (redução de tamanho, em tradução livre), que utiliza motores de menor capacidade volumétrica e com menor quantidade de cilindros do motor, veio também os turbos.

A popularidade do motor turbo chegou com o Volkswagen Up TSI, lançado em 2015. O carro 1.0 possui três cilindros e foi acrescido de turbo, tendo potência de 105 cv, que a título de comparação, é superior ao do Opala Cavaran SS, esportivo dos anos 70, que tinha quatro cilindros, e apesar de ser um carro 2.4, rendia 90 cv.

Combinação de injeção direta e indireta

A injeção eletrônica é uma tecnologia que surgiu para substituir o carburador, como vimos no caso do Gol GTI acima.

Existe a injeção eletrônica direta e indireta, sendo que a mais utilizada é a indireta, por ser um sistema mais simples e de menor custo. Enquanto isso, a direta proporciona uma queima mais eficiente, gerando mais potência, sem aumentar o consumo.

A novidade nesse quesito, é a utilização dos dois tipos de injeção eletrônica em um mesmo veículo, a fim de aproveitar o melhor que cada um dos sistemas tem a oferecer.

A Audi, por exemplo, tem alguns motores que utilizam a combinação deinjeção direta e indireta. Dessa forma, a injeção indireta funciona em baixas e médias rotações, enquanto a injeção direta entra em ação em rotações elevadas.

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